Liga-se a televisão em horário nobre e é novela atrás de novela. Acende-se o rádio do carro e quase toda a música é plástica, ditada por um gosto sem rosto mas que a gente aceita.
Lê-se cada vez menos, e os livros que têm sucesso são, salvo honrosas excepções, obras intragáveis sobre amores leves e outros sentimentos claros. Lineares.
No meio deste aterrador pântano da atitude estética e da sua falta de exigência, eis uma boa notícia: vinte anos após a morte do grande artista, o disco que mais vende em Portugal é uma homenagem à obra de alguém que nem a ideologia férrea confinou apenas ao seu lado a admiração merecida pelo génio: José Afonso. Ainda há esperança.
Octávio Ribeiro - Correio da Manhã
Lê-se cada vez menos, e os livros que têm sucesso são, salvo honrosas excepções, obras intragáveis sobre amores leves e outros sentimentos claros. Lineares.
No meio deste aterrador pântano da atitude estética e da sua falta de exigência, eis uma boa notícia: vinte anos após a morte do grande artista, o disco que mais vende em Portugal é uma homenagem à obra de alguém que nem a ideologia férrea confinou apenas ao seu lado a admiração merecida pelo génio: José Afonso. Ainda há esperança.
Octávio Ribeiro - Correio da Manhã
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