2 de dezembro de 2010

SAAL no Porto

Focando as temáticas da participação, do direito à habitação e do direito à cidade, o Núcleo do Norte da Associação José Afonso irá organizar uma sessão sobre a experiência SAAL no Porto. A sessão terá lugar nas instalações da Fundação José Rodrigues, no próximo dia 11 de Dezembro pelas 16.00.


Nas músicas do Zeca, todos nos lembramos facilmente da cidade onde o povo é quem mais ordena, da cidade sem muros nem ameias, ou daqueles “índios” que ousaram construir as suas casas para os lados da Meia-Praia. Talvez tenha sido esta “cidade sonhada” que o SAAL procurou materializar.


O SAAL - Serviço Ambulatório de Apoio Local - foi o serviço de apoio a processos de realojamento criado logo após o 25 de Abril para enfrentar as graves carências habitacionais da população portuguesa.
Focando as temáticas da participação, do direito à habitação e do direito à cidade, o Núcleo do Norte da Associação José Afonso irá organizar uma sessão sobre a experiência SAAL no Porto. A sessão terá lugar nas instalações da Fundação José Rodrigues, no próximo dia 11 de Dezembro pelas 16.00.
No Porto, onde um quarto da população vivia em ilhas, barracas, ou casas degradadas, o SAAL foi uma intensa experiência de reivindicação, de democracia e de intervenção participativa nas áreas da habitação e da construção da cidade.

Ainda hoje o SAAL continua a ser uma referência pela forma como envolveu brigadas técnicas multidisciplinares e, sobretudo, os próprios moradores, num esforço colectivo por uma habitação condigna e pelo direito à cidade.
Integrada no ciclo Cidade sem muros nem ameias, o Núcleo do Norte da Associação José Afonso organiza a sessão SAAL no Porto, em que moradores, arquitectos, sociólogos, dirigentes associativos, juristas e outros intervenientes irão recordar a experiência do SAAL através dos seus testemunhos pessoais.


A partir destes relatos será feita uma ponte para os dias de hoje, reflectindo sobre os caminhos que a sociedade, a política, ou a arquitectura têm percorrido desde essa altura e sobre a utopia da construção de uma cidade sem muros nem ameias, capital da alegria.

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