Segundo uma notícia recente da Agência Lusa "várias associações de imigrantes vão celebrar a liberdade no Arraial 25 de Abril, que se realiza segunda-feira no Largo do Carmo, em Lisboa, com manifestações culturais, gastronómicas e musicais, foi hoje anunciado.
Organizado pela terceira vez pela Associação Abril, o evento será animado por representações teatrais, exibições de grupos corais e de cantares alentejanos, música rap, forró e violinos da Moldávia, entre outros.
O convite para a participação de imigrantes no evento justifica-se por se tratar de "um movimento cívico e de cidadãos".
"É um acto de cidadania. Como lutamos bastante pela plena integração dos imigrantes e não pela sua marginalização, decidimos fazer-lhes este convite", explicou à Agência Lusa Guadalupe Magalhães, presidente da Associação Abril.
A responsável disse ainda que um dos objectivos da Associação Abril é "não deixar acabar este momento histórico que foi fundamental para Portugal".
"É um dia em que todos os portugueses deveriam festejar com alegria", acrescentou.
Guadalupe Magalhães lamentou as condições em que o Arraial vai ser organizado, já que pela primeira vez, não vai contar com o apoio da junta de freguesia local.
"Não temos o apoio da junta de freguesia do Sacramento, que era fundamental porque nos cedia o palco, as luzes, as tendas, as mesas e as cadeiras, entre outros", indicou.
De acordo com a responsável, a falta de apoio da junta de freguesia deve-se a umas frases "não muito agradáveis em relação à Igreja e ao Governo" que um g rupo escreveu no arraial do ano passado.
Presente no arraial vai estar também a associação Solidariedade Imigrante, que garante que o 25 de Abril vai ser comemorado "com ou sem palco".
Em declarações à Lusa, Timóteo Macedo, da Solidariedade Imigrante, sublinhou que aquela associação "sempre procurou divulgar junto dos imigrantes o que re presenta o 25 de Abril, não só para a história, mas também para a liberdade".
Contudo, considera que ainda "há muito trabalho a fazer no incentivo à participação de todos nas comemorações em geral, porque a participação ainda é muito reduzida, mesmo entre os portugueses".
Por seu lado, a presidente da Casa do Brasil de Lisboa, Heliana Bibas, admitiu que a maioria da comunidade brasileira em Portugal não tem muita informação acerca do 25 de Abril, mesmo os que participam das comemorações.
"É uma comunidade muito jovem. A sua média de idades é semelhante à do 25 de Abril", disse para justificar o seu desconhecimento.
No entanto, a responsável sublinha que utiliza a participação nesta actividade para "despertar as consciências para este tipo de acontecimentos".
Várias associações e grupos colaboram na organização do arraial, que será animado por diversas demonstrações culturais de Portugal e de outros países.
A maioria das associações participa no arraial com bancas de informação e venda de artesanato e gastronomia.
A Associação Unidos de Cabo Verde, Associação de Mulheres Contra a Violência, grupo de teatro RefugiActo, SOS Racismo, Associação da Comunidade de S. Tomé e Príncipe e Associação José Afonso são algumas das entidades que irão estar presentes no evento.
O Arraial 25 de Abril realiza-se na próxima segunda-feira a partir das 17:00 no Largo do Carmo, em Lisboa."
MCL.
Lusa
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