2 de junho de 2007

Escultura de António Andrade


Trabalho de António Andrade em frente ao Complexo Desportivo Municipal José Afonso em Grândola, inaugurado a 23 de Abril de 1999

Em 25 de Abril, nos dias seguintes e desde aí, sempre que a Revolução de Abril é evocada nos meios audio-visuais uma canção ecoa nos ouvidos de todo o mundo: Grândola, Vila Morena.
Canção escrita por José Afonso numa das suas estadias na vila de Grândola, onde manteve um convívio intenso com as suas gentes e, particularmente, com uma das suas associações culturais, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, a popular "Música Velha", que era um dos polos da luta, em Grândola, contra o fascismo.
Este contacto de José Afonso com Grândola e com as suas gentes, está documentado em várias cartas do cantor, que ficou vivamente impressionado com o espírito de resistência, e com a dignidade com que a população enfrentava as dificuldades quotidianas e a repressão do regime.
Grândola, Vila Morena, terra da fraternidade, em cada esquina um amigo, dentro de ti ò cidade, traduz claramente, em versos e música, a ligação humana e sentimental do cantor com Grândola.
A canção popularizou-se e tornou-se emblemática do espírito de resistência ao fascismo.
Escolhida para senha do desencadear da Revolução de Abril, ultrapassou fronteiras e corre o mundo.
Grândola tinha que corresponder ao suplemento de alma que José Afonso lhe ofereceu.
Nos 25 anos do 25 de Abril, José Afonso sairá da memória dos grandolenses para fisicamente estar sempre presente no Concelho, numa escultura que, em linguagem moderna, o perpetuará.

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