No dia 4 de Outubro, dia em que nós, núcleo do norte da Associação José Afonso, realizámos o tributo a Vítor Jara na ESMAE, fomos surpreendidos com a afirmação de que o nosso manifesto, lido no início do espectáculo, seria um plágio de um texto já publicado. Estranha afirmação. Estranha, porque tendo a apresentação realizada, recorrido a música, poesia e materiais de outros, não nos furtámos à identificação dos autores, nem ao agradecimento a quem nos emprestou o seu talento, a sua cumplicidade ou mesmo a sua paciência. Estranha, porque na nossa forma de trabalho, a consideração pela criação alheia, a necessidade de partilha e a procura de vozes solidárias, têm alicerçado a nossa prática. Estranha enfim, porque completamente alheia à nossa realidade e aos nossos propósitos.
O que nos leva a não desprezar o sucedido, são as razões que poderão estar envolvidas na sua génese. Aparentemente aquilo que parece ser uma simples falta de carácter, poderá não o ser. Alguém apossar-se de algo que não lhe pertence é, infelizmente, uma situação corrente. Mas se a esse facto juntarmos a lembrança de que alguém se esforçou também para que a verdade fosse subvertida, também isto uma situação corrente, as coisas, por muito que isso nos desagrade, mudam de figura. É que além de quererem fazer de nós os usurpadores, pretendem, pelo que conseguimos perceber, que a mentira possa ganhar assento público. Assim, antes que as acusações sobre a idoneidade do nosso trabalho adquiram uma dimensão indesejada e de todo injusta e injustificada, vimos manifestar a nosso repúdio por semelhante tipo de procedimento.
Todos aqueles que têm acorrido ao nosso chamamento, todos os que têm dito presente às diferentes iniciativas por nós realizadas, todos os que connosco se têm comprometido, todos os que têm dado o seu trabalho, merecem que estejamos atentos a este tipo de comportamentos e os saibamos combater. É a toda essa gente, ao exemplo e memória do Zeca, a todos os associados da AJA e aos princípios éticos e políticos que as nossas iniciativas convocam, que nos sentimos obrigados a dar resposta.
O episódio é facilmente desmontável. Num blog – "CHUVISCOS" cujo editor dá pelo nome de José Gomes -apareceu o texto do manifesto do tributo a Vítor Jara, ainda com a formulação que inicialmente chegou a ter, abusivamente assinado por alguém que pretende ser o seu legítimo autor. O texto inclui mesmo referências que posteriormente concluímos estarem erradas e por isso foram sendo alteradas no processo da sua feitura, mas que terão escapado ao blogista. Todos estes factos, para além das datas da sua divulgação via mail, poderão facilmente demonstrar a fraude com que nos confrontamos. Mas como acima referimos, tememos não estar perante um simples e isolado caso de falta de carácter. Os passos que outros deram a seguir, obrigam-nos a estar atentos a actos que possam vir a por em causa a legitimidade do trabalho realizado, que duvidem da seriedade com que este tem vindo a ser feito e acima de tudo que venham ferir a forma calorosa como tem sido recebido.
Seria para nós mais fácil e, deixar-nos-ia porventura mais satisfeitos, acreditar que estamos perante uma simples e inconsequente falta de carácter e de educação, mas preferimos estar prevenidos. Por isso esta breve carta pretende alertar os que connosco têm estado, porque em nada alteraremos os nossos procedimentos. Não deixaremos de perseguir o convívio com todos os espaços de liberdade que consigamos encontrar e não deixaremos de procurar outras vozes solidárias.
O Núcleo do Norte da Associação José Afonso
O que nos leva a não desprezar o sucedido, são as razões que poderão estar envolvidas na sua génese. Aparentemente aquilo que parece ser uma simples falta de carácter, poderá não o ser. Alguém apossar-se de algo que não lhe pertence é, infelizmente, uma situação corrente. Mas se a esse facto juntarmos a lembrança de que alguém se esforçou também para que a verdade fosse subvertida, também isto uma situação corrente, as coisas, por muito que isso nos desagrade, mudam de figura. É que além de quererem fazer de nós os usurpadores, pretendem, pelo que conseguimos perceber, que a mentira possa ganhar assento público. Assim, antes que as acusações sobre a idoneidade do nosso trabalho adquiram uma dimensão indesejada e de todo injusta e injustificada, vimos manifestar a nosso repúdio por semelhante tipo de procedimento.
Todos aqueles que têm acorrido ao nosso chamamento, todos os que têm dito presente às diferentes iniciativas por nós realizadas, todos os que connosco se têm comprometido, todos os que têm dado o seu trabalho, merecem que estejamos atentos a este tipo de comportamentos e os saibamos combater. É a toda essa gente, ao exemplo e memória do Zeca, a todos os associados da AJA e aos princípios éticos e políticos que as nossas iniciativas convocam, que nos sentimos obrigados a dar resposta.
O episódio é facilmente desmontável. Num blog – "CHUVISCOS" cujo editor dá pelo nome de José Gomes -apareceu o texto do manifesto do tributo a Vítor Jara, ainda com a formulação que inicialmente chegou a ter, abusivamente assinado por alguém que pretende ser o seu legítimo autor. O texto inclui mesmo referências que posteriormente concluímos estarem erradas e por isso foram sendo alteradas no processo da sua feitura, mas que terão escapado ao blogista. Todos estes factos, para além das datas da sua divulgação via mail, poderão facilmente demonstrar a fraude com que nos confrontamos. Mas como acima referimos, tememos não estar perante um simples e isolado caso de falta de carácter. Os passos que outros deram a seguir, obrigam-nos a estar atentos a actos que possam vir a por em causa a legitimidade do trabalho realizado, que duvidem da seriedade com que este tem vindo a ser feito e acima de tudo que venham ferir a forma calorosa como tem sido recebido.
Seria para nós mais fácil e, deixar-nos-ia porventura mais satisfeitos, acreditar que estamos perante uma simples e inconsequente falta de carácter e de educação, mas preferimos estar prevenidos. Por isso esta breve carta pretende alertar os que connosco têm estado, porque em nada alteraremos os nossos procedimentos. Não deixaremos de perseguir o convívio com todos os espaços de liberdade que consigamos encontrar e não deixaremos de procurar outras vozes solidárias.
O Núcleo do Norte da Associação José Afonso
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