Reabriu ao fim de quinze anos o bar fundado pela escritora Natália Correia, uma referência nos meios intelectuais e políticos de Lisboa nos anos de 1970 e 80. Centro de tertúlias políticas, literárias e artísticas, foi palco de conspirações e acesos debates na presença de figuras como Ramalho Eanes, Sá Carneiro ou Helena Roseta. Os novos donos querem recuperar o antigo prestígio do espaço, no Largo da Graça. «“Um dia vim aqui visitar uns amigos e a sua atmosfera atraiu-me logo. Eles foram-se embora e este espaço esteve muito tempo devoluto, como que à espera que eu me casasse e o alugasse.” Casou-se e alugou-o.» É assim que Fernando Dacosta, no texto «A natalidade de Natália», descreve o encontro da escritora com o que viria a ser, entre 1971 e 1995, o bar Botequim, lugar mítico da intelectualidade lisboeta dos anos de 1970 e 80, de que o jornalista foi também frequentador assíduo.Natália Correia morreu em 1993 e o Botequim perdeu a razão de existir. O espaço serviu de casa à Associação José Afonso até esta se mudar para Setúbal. Entre 2005 e 2007 deu guarida à livraria Pequeno Herói, dedicada às crianças, cujo nome se inspirou na personagem do único romance infantil escrito por Natália. E voltou a fechar – até ser alugado recentemente por dois admiradores entusiastas da obra de Natália Correia, Alexandra Vidal e Hugo Costa. «Há um ano resolvi sair do sítio onde estava e repensar a minha vida», conta Alexandra Vidal. Viajou, aprendeu a tocar guitarra e decidiu iniciar um negócio.
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1 Comment:
me alegro moito e na proxima visista a lisboa espero pasar por ali=ribeira.eu
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