Mamadu Djabate é músico, guineense, natural de Bafatá, na República da Guiné Bissau. Nasceu a 19 de Junho de 1969 numa família de músicos Mandinga. Aprendeu a tocar e a cantar desde criança, como todos os seus irmãos e primos. Um dos seus antepassados foi o “griot” Bundunka Jebate que veio no séc. XIX da região de Kankan, na actual Guiné Conakry para Tabato, Bafatá, com as suas esposas e dois filhos.
Em 1980 Mamadu Djabate foi para Bissau tendo pouco depois começado a tocar com o grupo “Netos de Cansala” a que se seguiria o convite para integrar a Companhia “Esta Nossa Pátria Amada”, criada pela Inspecção Geral da Cultura da Guiné Bissau, como tocador de balafon. A Companhia veio em 1997 a Portugal participar no Festival da Lusofonia, tendo Mamadu Djabate sido um dos músicos que decidiu ficar em Portugal e aí refazer a sua carreira artística.
Mamadu Djabate participou desde então em vários espectáculos que lhe trouxeram o reconhecimento das suas qualidades. Foi ainda convidado a tocar em sessões de formação na Escola Superior de Educação de Lisboa e na Escola Superior de Teatro e Cinema. Também revelou notável capacidade pedagógica e artística na sensibilização e ensino de música Mandinga a crianças de várias escolas de Lisboa e em serviços educativos de Museus. Em 1998, foi feita uma gravação profissional do seu repertório pelo engenheiro de som José Fortes, que permanece inédita.
A sua promissora carreira foi brutalmente interrompida em 2000 por graves problemas de saúde que o impedem de tocar e falar, estando limitado a fazer-se entender por gestos ou por escrito. Revela uma enorme vontade de viver, grande estima pelos seus amigos e um sorriso deslumbrante sempre que ouve ou lhe falam de música.
É pelo bem estar deste músico que um grupo de amigos e admiradores decidiu juntar-se para realizar acções que o ajudem a suportar a infelicidade que o atingiu.
E a mais urgente seria proporcionar-lhe uma visita da mãe, Manda Djabate, que não vê desde 1997. Igualmente importante, visitá-lo no Lar onde está internado, falar-lhe da vida, motivá-lo para não desistir.
Dia 30 de Junho, Sexta Feira, pelas 21 horas, no LABCULT, atelier do Prof. Carlos Amado, damos início à junção de boas vontades por esta causa. Na Avenida da Índia, 168 (nas traseiras da Universidade Moderna, em Belém).
Domingos Morais
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