13 de julho de 2006

Mais de 70 discos com versões de José Afonso




Hoje, recebemos mais duas versões de músicas de José Afonso vindas do Brasil, enviadas pelo nosso amigo Alexandre Fiúza. São duas versões da cantora brasileira Diana Pequeno de 1979 e 1982, Rio Largo de Profundis e Que amor não me engana, respectivamente.
Estas e outras versões podem ser consultadas na secção "Discografia" da página da AJA. Já vamos em 72 discos... Se souberem de algum que lá não esteja, dêm um toque.
Até já.
Excerto da tese de Alexandre Fiuza
Segundo Alípio[1], esta homenagem [aqui me refiro a canção Alípio de Freitas] aproximou-o de Zeca, visto que ambos não se conheciam, e fez com que ele tentasse no Brasil levantar os direitos autorais de Zeca Afonso. Assim, responsável por esta empreitada, chegou a conversar com Nara Leão sobre suas duas gravações de canções do Zeca e que, segundo ela, teria vendido uma boa cifra deste disco. Ele também relembra as gravações feitas pela cantora Diana Pequeno[2]. Entretanto, em razão da venda de direitos da gravadora portuguesa para uma multinacional, Zeca Afonso não recebeu nada pelos direitos autorais. [3]


[1] Depoimento ao autor em 27 nov. 2004, em Lisboa. Alípio de Freitas, ao voltar a Portugal, fundou a Casa do Brasil de Lisboa para dar apoio aos brasileiros imigrantes, sendo ainda hoje um centro de referência para os brasileiros que chegam a Lisboa. Esta associação teve um desenvolvimento e um histórico que lhe permitiu ser reconhecida pelo governo brasileiro como interlocutora dos brasileiros que lá vivem.
[2] Na verdade, duas canções: Rio largo de profundis (1979) e Que amor não me engana (1982).
[3] Apesar de responsável por esta procura, Alípio só soube da gravação de Roberto Leal de Grândola, Vila Morena, por intermédio do autor da tese. Este, provavelmente, foi um disco com uma boa vendagem, pois coincidiu com o início do êxito comercial do cantor no Brasil.

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