Destinado a homenagear o poeta, músico, intérprete e interventor que foi José Afonso, bem assim como o filósofo português Agostinho da Silva, o espectáculo de dança "Na Abertura do Horizonte - A cidade da utopia" da Companhia de Dança de Lisboa, que acontece na próxima quinta-feira, dia 30 de Novembro, pelas 21h30 no Teatro Angrense, fecha, com chave de ouro, a primeira edição de “Danças do Mundo”, um evento organizado pelas duas autarquias da Terceira.O espectáculo é composto por duas partes. Na primeira – “Na Abertura do Horizonte”- é feita referência aos contributos de José Afonso, Carlos Paredes e outros para o combate político contra a Ditadura, que culminou no 25 de Abril de 1974, e para a posterior transformação operada no país. Existem, portanto, dois momentos distintos no plano coreográfico: ‘o peso da luz’ expressa a ausência total de liberdade. Face aos contributos dos atrás referidos, com destaque para José Afonso e a sua composição “Epígrafe para a arte de furtar”, com poema de Jorge de Sena, tem lugar o momento designado; ‘a consciência em si’, ou seja, mais um contributo para a obtenção de maior liberdade no plano cívico e moral.Na segunda parte do espectáculo, “A Cidade da Utopia” – lugar ao sonho desperto, reflecte o modo como José Afonso encarava o seu projecto de vida enquanto interveniente e criador.A selecção musical reflecte a preocupação de aproximar José Afonso das camadas mais jovens, tendo-se para isso seleccionado interpretações de músicos e grupos contemporâneos, tais como, Delfins, Madredeus e Helena Vieira. O espectáculo termina com o tema “Tu Gitana” um poema que reflecte a utopia e a fantasia no seu aspecto mais abrangente. José Afonso, recolheu-o na biblioteca de Vila Viçosa criou o suporte musical e devido ao seu estado de saúde já não pode interpretar.
Ficha Técnica
Projecto Artístico e Desenho de Luzes – José Manuel OliveiraCoreografia e encenação – César MonizRemontagem – Inês PintoMúsica – José Afonso/Filhos da Madrugada; Carlos Paredes/Rodrigo Leão (Alma Mater)Selecção e Montagem musical – J.M. Oliveira, César Moniz e Inês PintoCenografia e Figurinos – Companhia de Dança de Lisboa/ Jean Laffront
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