20 de novembro de 2007

Exposição temática sobre José Afonso inaugurada no Átrio do Auditório da Casa das Artes

O grupo Tela

O Átrio do Auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez receberam no passado dia 9 de Novembro dois eventos enquadrados com a figura do músico José Afonso.
Às 22h00 teve lugar a abertura ao público da mostra temática e biográfica “José Afonso: O que Faz Falta”, uma produção do MC/Mundo da Canção, que coloca no espaço municipal consagrado à cultura dezenas de LPs, CDs, livros, brochuras, singles, vídeos, além de revistas, catálogos e fotos, apoiados em recortes da imprensa nacional e estrangeira, que recordam e ilustram a vida e obra de um dos nomes maiores da música lusa do século XX, numa exposição que se alargará até o dia 7 de Janeiro de 2008, criando, por tal, uma possibilidade única de contacto com tão significativo e original espólio. No acto inaugural, que contou com a participação de Eduardo Pinheiro em representação da AJA (Associação José Afonso), o Presidente da edilidade, Francisco Araújo, referiu de igual modo a importância do acervo para a compreensão da vida cultural portuguesa dos últimos 30 anos, razão pela qual o município articulará a mostra com os estabelecimentos de ensino locais, bem como a dimensão produtiva e criadora do músico, que não conhece limite geracional e/ou ideológico.
A partir das 23h00, o acto inaugural migrou para o espaço do Auditório Municipal, que se mostrou pequeno para albergar as quase três centenas de pessoas que nele se instalaram para assistir ao espectáculo musical trazido pelo grupo “Tela”. Numa performance de elevada qualidade musical, evoluíram reinterpretações e abordagens altamente cuidadas do reportório de José Afonso, num respeito absoluto pela base original, mas perspectivando novos corredores sonoros e expressivos, que misturaram, por exemplo, instrumentos tradicionais como o bombo ou a concertina com o saxofone e a guitarra eléctrica, numa abordagem verdadeiramente conseguida, que obteve, em cada tema, os maiores aplausos e ovações do público presente; estão de parabéns a Inês Sousa, o Miguel Fernandes, o Carlos Pinto, o David, o Paulo Freitas, o Rui, o Danny Pacheco, o Nuno Pinto, o Pedro Silva e o Rui Neiva pelo excelente trabalho desenvolvido, bem como pela coragem e ousadia de “reinventar” o génio criativo de uma dos músicos mais significativos da identidade sonora portuguesa.

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