A historiadora Irene Pimentel, autora de várias obras sobre o século XX português, vai lançar até ao final do ano uma fotobiografia do cantor e compositor José Afonso, o que considerou "uma ousadia".
"Eu comecei por estudar pessoas que não tinham nada a ver comigo", afirmou em declarações à Lusa a investigadora, que acaba de publicar um livro sobre o inspector da PIDE Fernando Gouveia e também é autora de uma fotobiografia do cardeal Cerejeira.
Agora, a historiadora foi desafiada a fazer um trabalho sobre uma figura da cultura e a escolha recaiu em Zeca Afonso.
"Mas aí foi uma ousadia, porque eu conheci o Zeca Afonso, tenho os discos todos, ouvi a música dele, fui marcada por ela", revelou.
Irene Pimentel considerou que Zeca Afonso "é uma figura altamente contraditória".
"Isso fascinou-me", confessou, sublinhando que era uma pessoa "muito individualista" e "muito marcada pelo surrealismo".
A investigadora, que venceu o Prémio Pessoa em 2007, está também a trabalhar numa série documental sobre a PIDE, para a RTP, com Jacinto Godinho.
"Estamos na fase de entrevistas, sem preocupações com o tempo para que também fique em arquivo", disse Irene Pimentel, que está também "à procura de pides", convicta de que os mais importantes já desapareceram, mas alguns "agentes de segunda" ainda cá estão.
EO.
Lusa/Fim
"Eu comecei por estudar pessoas que não tinham nada a ver comigo", afirmou em declarações à Lusa a investigadora, que acaba de publicar um livro sobre o inspector da PIDE Fernando Gouveia e também é autora de uma fotobiografia do cardeal Cerejeira.
Agora, a historiadora foi desafiada a fazer um trabalho sobre uma figura da cultura e a escolha recaiu em Zeca Afonso.
"Mas aí foi uma ousadia, porque eu conheci o Zeca Afonso, tenho os discos todos, ouvi a música dele, fui marcada por ela", revelou.
Irene Pimentel considerou que Zeca Afonso "é uma figura altamente contraditória".
"Isso fascinou-me", confessou, sublinhando que era uma pessoa "muito individualista" e "muito marcada pelo surrealismo".
A investigadora, que venceu o Prémio Pessoa em 2007, está também a trabalhar numa série documental sobre a PIDE, para a RTP, com Jacinto Godinho.
"Estamos na fase de entrevistas, sem preocupações com o tempo para que também fique em arquivo", disse Irene Pimentel, que está também "à procura de pides", convicta de que os mais importantes já desapareceram, mas alguns "agentes de segunda" ainda cá estão.
EO.
Lusa/Fim
2 Comments:
Queria precisar que o que disse, numa entrevista à Lusa, surgiu depois completamente descontextualizado. Além disso, não me lembro de ter dito, pelo menos dessa forma, que considerava José Afonso «individualista». O que disse, e pretendi dizer, foi que considerava a sua figura muito rica e com contradições, o que, para mim, só acrescenta à profunda riqueza da figura. Por outro lado, explicitei que, por exemplo, ele só é visto habitualmente como cantor de intervenção, quando é também um poeta, com uma veia surrealizante, além de ser marcado pelo existencialismo de Sartre.
cando sala a fotobiografia do Zeca quero poder comprala asi que avisarme, coste o que coste quero comprala, o Zeca e o Zeca y nada mas
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