«Com o objectivo de homenagear José Afonso, incentivar a criação musical de raiz portuguesa e animar turística e culturalmente a cidade da Amadora, organizará a autarquia anualmente um Festival de Música Popular Portuguesa, o qual terá como ponto alto a atribuição do Prémio José Afonso.
O Prémio José Afonso destina-se a galardoar um álbum inédito editado durante o ano anterior ao da realização do Festival de Música Popular Portuguesa, cujos temas tenham como referência a Cultura e a História portuguesas, tal como a obra do autor de "Grândola, Vila Morena".»
Assim reza o regulamento do Prémio José Afonso, criado em 1988, pela Câmara Municipal da Amadora, era então presidente Orlando de Almeida, e vereador da Cultura e Turismo Fernando Pereira, dando seguimento a proposta do Sr. Júlio Murraças, o funcionário da edilidade que até 2005 teve a seu cargo a pré-selecção dos discos, a organização do festival e a direcção da revista "MPP".
Depois do episódio insólito ocorrido em 2006, em que o prémio não foi atribuído, não por falta de discos de qualidade editados no ano anterior (um dos quais "Faluas do Tejo", dos Madredeus, o grupo que, depois de Amália, mais fez pela difusão da música portuguesa além-fronteiras e que acabou por se extinguir sem nunca receber a distinção), mas devido a incompetência do executivo camarário na elaboração da lista sujeita à apreciação do júri, as coisas pareciam ter voltado a uma relativa normalidade. Em 2007, a Brigada Victor Jara seria a feliz contemplada, pelo álbum "Ceia Louca" (há muito que o histórico grupo de Coimbra era credor do prémio) e no ano seguinte sorriria a sorte ao grupo Frei Fado d'El Rei, pelo disco "Senhor Poeta: Um Tributo a José Afonso". Sábias e fora de questionamento ambas as decisões do júri.
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1 Comment:
Uma boa pergunta, à qual só a CMA poderá responder. Provavelmente, a Câmara da Amadora não tem orçamento para pagar/entregar o Prémio. Outra leitura possível é o júri não ter encontrado uma obra digna do Prémio. Mas, se é esse o caso, devia haver um comunicado a explicá-lo. Como, de resto, já aconteceu no passado. Talvez a AJA possa fazer essa pergunta. Porque não?
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